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Guerra à Guerra!


Novamente estamos vivendo o horror da guerra, que sempre traz a mesma consequência: a morte e o sofrimento de pessoas que não são rersponsáveis por ela, muitas vezes sendo totalmente contrárias a ela.

No atual conflito Rússia x Ucrânia, mais uma vez, os grandes responsáveis, que são os estados com seus objetivos de domínação política e territorial, controle estratégico das fontes de energia e alimentação, aliados ao poderio militar que geram bilionários lucros à indústria bélica, CEOS e acionistas, quem luta, morre e sofre, é a população em geral.

A seguir trazemos um texto que reflete sobre essas questões de forma clara e incisiva. Atentem para o fato dele ter sido publicado em 2014, pela Internacional de Federações Anarquistas - IFA.


A guerra é a saúde do Estado

Publicado 02/05/2014


No mundo de hoje, os estados precisam da guerra para estabelecer o domínio sobre outras partes do planeta, para unir suas populações contra um inimigo externo, para alimentar suas próprias indústrias de armas, que constituem uma parte crescente de suas economias. Cada vez mais, grandes corporações e instituições financeiras como o FMI e o Banco Mundial, em conjunto com países como Estados Unidos, França, China, Rússia e outros, impõem seu domínio econômico por meio da força militar.

Além disso, o desenvolvimento da indústria nuclear leva a uma sociedade nuclear de controle e centralização, e uma ameaça à vida humana e ao meio ambiente. Novas tecnologias (drones, etc.) são usadas para matar mais e mais pessoas e para aumentar a vigilância do Estado, incluindo o controle de fronteiras da Fortaleza Europa contra imigrantes da África.

A busca por minerais por essas indústrias traz à tona as lutas dos diferentes blocos de poder para estabelecer o controle sobre importantes jazidas de urânio, petróleo ou outros minerais. A guerra está intimamente ligada à destruição do meio ambiente, como o desmatamento da selva durante a Guerra do Vietnã ou os enormes danos ambientais durante o bombardeio de refinarias durante a Guerra do Golfo.


A guerra implica o deslocamento de populações inteiras, a emigração forçada e o estabelecimento de grandes campos de refugiados. Desencadeia fomes com ataques às plantações. Os estupros em massa são usados como arma de terror e como sintoma da masculinidade distorcida gerada pelo militarismo.


Assim como as ameaças fabricadas, tipo a do fundamentalismo islâmico e, novamente, a do urso russo ou a da agressão imperialista ocidental, também se utiliza cada vez mais a ameaça de desordem interna, muitas vezes provocada pelo próprio Estado, para criar um inimigo interno – espécie de “quinta coluna” – seja ele gangues de jovens ou grupos políticos. Justifica-se, portanto, a crescente militarização da sociedade, com o aumento da presença de tropas nas ruas e nos aeroportos militares, e o surgimento de forças policiais militarizadas.


Blocos de poder concorrentes – Estados Unidos, Rússia, China, União Européia etc. – buscam suas próprias esferas de influência globalmente, levando a uma tensão cada vez maior, como podemos ver na situação na Ucrânia.

Opomo-nos à tendência à militarização da sociedade e à guerra. As disputas fronteiriças têm sido usadas como meio por blocos de poder e estados para alimentar conflitos. A resposta não está na solução do micronacionalismo (Escócia, Catalunha, etc.), com o desenvolvimento de novos pequenos Estados com suas próprias forças armadas, mas, sim na livre federação dos povos, na destruição das indústrias de guerra, na dissolução dos exércitos, no desaparecimento das fronteiras e na eliminação do capitalismo. Em um nível mais prático, nos opomos sua tendência à guerra e à militarização da sociedade com campanhas contra o recrutamento militar, apoio a desertores e opositores da guerra, desobediência civil e as greves e manifestações contra o tráfico de armas e exércitos.


Não às fronteiras!

Não às guerras!

Sim ao compartilhamento de todos os recursos para todo o planeta!

Guerra à Guerra!

Internacional de Federações Anarquistas - IFA



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